sábado, 5 de fevereiro de 2011

♥♥♥ Beijo de Artemísia ♥♥♥

******************************************************* “Felicidade e sacrifícios andam juntos.
************************************************ As escolhas dependem de nós. Eu fiz a minha.
******************************************************** Faz a tua, e entrega teu sacrifício.”
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♥♥♥♥♥ A noite está linda, não acha? Ah! Está sim! Mesmo aqui dentro, nesta confortável sala de estar, deste lindo apartamento, posso sentir o ar fresco lá de fora... Bela noite... Noite negra e fresca... Tá curioso, né? Bom... Vou te contar porque te trouxe aqui, menino. Tu me disse que gosta de ‘festa rave’, não é?! Qual o teu nome mesmo? ... Gilberto?! ... Beto! Vou te chamar assim. É mais simples... Sabe, também gosto dessas festas, porque adoro dançar... Beba mais suco, Beto ― é de uva... Adoro! Desde o sabor suavemente cítrico ― à cor. Linda cor, Beto! Continua aí sentadinho... Tímido... Adoro isso! Quantos anos tem mesmo?! Não! Não fala nada! Deixa que eu vá conduzindo nossa conversa. Parece mais tímido do que antes... É virgem?! Deixa eu adivinhar: 16 aninhos! É, eu tenho poderes, hahah! Bobagem! Foi a Carlinha, tua monitora, quem me contou. Eu tenho 17... Pelo menos, aparento... A Carlinha me disse que a vida de vocês lá no orfanato é bem tranqüila, apesar da frieza dos funcionários... Sim! Eu sei como é: te dão mais carinho do que deviam, só para depois, nos Natais e nas Páscoas, te abandonarem ao sabor do descaso. Imagino eles brigando, discutindo quem vai ganhar o prêmio da folga, e quem vai ficar “preso no trabalho” em pleno feriado. Não os culpo... Afinal, eles têm família própria. Mas o estrago que causa este vínculo é quase o mesmo do abandono completo. Não, Beto! Fica aí... Fica sentadinho... Vou te fazer companhia esta noite... Vou te contar histórias. Não tenha medo! Não vou te forçar a nada. Afinal, que posso eu contra teus fortes braços? Tu já é praticamente um rapaz, e eu... Bem! Vamos lá, deixa eu te contar a minha história e, depois, o porquê de você estar aqui. Ih! Deixei escapar um sotaque... É, sou catarina mesmo! Não gosto daqui, mas fazer o quê?! Compromissos! ... Ah! Agora tá melhor. Tá relaxando... Já tá até olhando minhas pernas de novo... Gosta deste vestido? ... Obrigada! Dizem que é curto demais... Cetim lilás é um luxo só! Bem, vamos lá. Por favor, continua caladinho, e apenas ouça...
♥♥♥♥♥ “Até eu completar minha décima sétima primavera neste mundo, passei por muita coisa. Desde bebê, fui criada num circo. Alguma adolescente irresponsável deixou-me ali num cestinho de vime. A dona do circo era uma senhora francesa que me ‘adotou’, se podemos chamar assim. Ela me ensinou muito. Graças a ela, aos 5 anos, eu já era trapezista e acrobata. Aprendi a dançar na seda, a 5 metros de altura; aprendi a ser a ‘partner’ dos mágicos e do atirador de facas. Quando fiz 12 anos, ela estava idosa. Sua filha verdadeira a internou num asilo, e vendeu o circo para um safado. Dali em diante, criada por todos e por ninguém, eu era a gata borralheira. Todos abusavam do meu trabalho. E, num certo dia, o dono do circo bebeu demais e resolveu também abusar de mim. Eu chutei ele ‘naquele lugar’. Eu tinha só 16 anos. Ele quis me bater, mas eu gritei, e ele, com muita raiva, mentiu que eu havia roubado algo seu... Sei lá, um relógio, eu acho... Deixei-o todo arranhado... Ele chamou duas testemunhas ‘confiáveis’, e a polícia, que me levou para um orfanato.
♥♥♥♥♥ “Lá, tudo parecia tranqüilo. Mas só por algumas semanas. Um dia, um dos funcionários do orfanato me levou até a beira do lago que tinha nos fundos, entre as três alas, e me pediu para ficar ali conversando com ele. Sabe, ali, todos sempre me cantavam de brincadeirinha, elogiavam meus cabelos naturalmente loiros, lisos, batendo nas coxas... Elogiavam meus grandes olhos castanho-claros... minha boca corada e graúda... minhas pernas roliças... E eu até gostava... Achava isso normal. Eu era precoce e desde os 12 anos tinha um corpo de mulher feita. Por isso, não estranhei quando ele começou a me dizer coisas naquele dia. Porém, ele queria bem mais do que me elogiar. E eu que cheguei até a admirar o cara... Só que, novamente, deparei-me com a face obscura dos homens. Ele tentou me agarrar à força, num banco de pedra à beira daquele lindo lago, do qual às vezes sinto saudades.” Dói saber que não verei mais o amanhecer sobre o laguinho com os pequenininhos do orfanato... Ah, sobre o cara... “Bem, eu arranhei a cara dele e depois o chutei ‘naquele lugar’. E corri o mais que pude. Fui até meu quarto, peguei uma bolsa com duas mudas de roupas, e fugi... Sabia que dariam razão para ele. É típico.
♥♥♥♥♥ “Naquela época, eu morei em vários lugares; conheci muita gente boa, e muita gente ruim. E acabei fazendo ‘Strip tease’ para sobreviver. É! Fui dançarina de boates! Mas isso foi há muito tempo... E eu tinha apenas 16...”
♥♥♥♥♥ Tá cansado, Gilberto? Tu parece cansadinho... Sonolento... É natural! Festas sempre deixam a gente assim... Mas tu ainda tá nervoso... Ah! Então é isso: nunca garota nenhuma te convidou para ir à casa dela... Natural se sentir assim. Está tarde. Mas tu disse, lá na festa, que “iria para onde quer que eu te levasse”, lembra? Ou foi só uma cantada boba?! A iniciativa foi tua! Então, não pense em me deixar aqui sozinha, viu!? ... O quê?! Tá com medo de mim?!... Tu é bem crescidinho pra não deixar que uma menina te faça mal. Hum! “Por quê eu te olho assim?”! Bem, é mais forte que eu... Mas fica tranqüilo. Juro não te tocar, a menos que tu peça... Hã!? ... Hum! Ahhh! Entendi! São os meus dentinhos! ... Não gosta deles?! Não liga, eles são assim mesmo. Perfeição é para os anjos! Fica traqüilinho, que a titia não vai te obrigar a fazer nada. Só escuta minha história, e tu vai entender o que nos uniu aqui hoje, nesta noite linda e fresca.
♥♥♥♥♥ “Tudo era angústia, solidão e dor, até ele aparecer. O lindo anjo da noite. Gabriel é seu nome. Meu mestre, meu pai, meu amor... A tormentosa angústia que me tomava me jogava no purgatório das casas noturnas, onde o vinho, a vodca e o LSD me sufocavam ainda mais...” LSD? Bom, era algo assim como o ‘êxtase’. Sabe, aquilo que ‘nós provamos’ no sábado? Faz um efeito parecido... Continuando: “então, numa noite qualquer de abril, decidi pela segunda vez acabar com meu sofrimento (Da primeira vez, a tentativa me rendeu estas cicatrizes que tenho nos pulsos...” Eu percebi quando tu olhou para as minhas marcas... “A dona da pensão onde eu morava foi muito rápida, me achou e cuidou de mim com carinho)... Eu tava angustiada e, desta vez, mais decidida... O veneno, me garantiram, seria ‘tiro e queda’... Em plena boate, ao som de uma voz feminina cantando ‘Blowin in the Wind’, servi a taça de champagne, pus o pozinho todo, e continuei dançando...” Assim! Como estou agora. Não! Não estou louca. Nem bêbada! Foi assim mesmo. “Então, quando eu daria o gole fatal, um anjo se aproximou de mim. Ah! Ele, muito lindo, diante de mim: loiro, olhos verdes, cabelos longos sobre o capote negro... a gola alta, a camisa branquinha, as botas... o olhar angelical. Fiquei tonta, e isso que eu ainda nem sequer tinha bebido coisa alguma. E ele me disse, suavemente:
♥♥♥♥♥ “― ‘Alô, monange... Por que esse rostinho tão triste? Dança comigo?’.
♥♥♥♥♥ “E, quando começamos a dançar, sem que eu percebesse, ele me tomou a taça da mão. Confusa, perdida, acordei a tempo de derrubá-la com um tapa, antes que ele bebesse. Então, com uma gargalhada, ele falou:
♥♥♥♥♥ “― Acha que eu seria tão ingênuo de te deixar beber antes de um beijo?
♥♥♥♥♥ “Ele sabia o que tinha no copo...” ―  E não lhe faria mal algum, garanto!
♥♥♥♥♥ “Sussurrou ao meu ouvido que me observava havia tempos. Sem entender direito as palavras dele, me deixei levar para onde quer que ele me conduzisse. Desmaiei, sei lá por quê, e acordei em seu apartamento. Ele não estava. Percebi que ele não havia me tocado, e me senti agradecida pelo seu respeito. Não o vi mais naquele dia. Nas duas noites seguintes, eu fui à boate para encontrá-lo. Na segunda, conversamos; e, na terceira, ele me deu seu mundo.” E é este mundo que posso te oferecer agora, querido. Em que ano nós estamos mesmo? ... Ah! 1994! Verdade...
♥♥♥♥♥ Gabriel é um pai sem igual, um namorado fantástico e um irmão sobrenaturalmente fiel. Dou minha vida por ele, e nunca o deixarei... Contudo, vivo solitária na maioria das vezes, e ele mesmo, e a Carlinha, me aconselharam a arranjar outras companhias. Sabe, ciúmes não é o nosso defeito maior ― pode ter certeza disso! Sei que te agrado. Vejo que tu olha sempre que descruzo uma perna para cruzar a outra... Sedução é nossa principal arma, afinal, a dele me trouxe aqui. Hoje, sou sua filha de sangue. Ninguém resiste a um de nós. Pelo menos, aos de nosso clã! Tá ficando com calor? Já sei: sou eu! Não! Não tenha medo... Ah! Não é medo... É desejo?! ... Hum! Os dois! Eu sabia! Nesse caso, deixa eu falar de uma mulher realmente muito sedutora: Laila! A primeira mulher de Gabriel, e sua criadora.
♥♥♥♥♥ “Era, segundo ele, uma rica filha de nobres árabes. Ele a conheceu na Arábia Saudita, há muito, muito, muito tempo mesmo! Ela dançou para ele. Laila o transformou de simples humano em semi-deus, e casaram-se. Moravam na Espanha, quando a Inquisição a capturou. Sei lá se por ela ser árabe, ou por ser bruxa, não sei... Mas a deixaram para esturricar ao sol. Gabriel, logo, exterminou todos aqueles secretos Templários, todos os padres da Ordem Dominicana e muitos aldeões perversos que contribuíram muito ou pouco na barbárie cometida.” Disse-me ele que, após isso, ficou sozinho por muito tempo. Das oito filhas de sangue, eu sou a primeira (ou a mais velha "viva"). “Gabriel me salvou da dor e do abandono naquela boate, em uma linda noite como esta. Era abril de 1972.”
♥♥♥♥♥ Como pode ver, meu bom garoto, também tenho necessidades... Quero alguém para compartilhar este dom, que é a vida sem fim, sem dor, sem burocracia... O medo?! Sempre existirá, mesmo entre os deuses! Mas nós, nossa espécie, temos menos razão para tê-lo, do que vocês ― ‘o gado’. Ah! Desculpe! É assim que os mais perversos os chamam, as pessoas de ‘sangue quente’. Sabe, eu respiro, suspiro e meu coração bate forte. Mas isso seria desnecessário. Não tenha medo, amor, não vou me aproveitar de ti. Gosto de ser querida pelas pessoas, especialmente porque são vocês que apreciam a minha arte. E a de Gabriel também. Eu não te vejo como um ‘tira-gosto’, e sim como um amigo. Deixa eu continuar...
♥♥♥♥♥ “Na noite em que Gabriel me beijou ― entenda isso mais profundamente ―, senti a alegria e o medo que precedem, e o temor e a dor da transição que sucede o abraço. Ah, o abraço! Abraço que dá a vida, mas que, para isso, antes tem que tirá-la. Eu me tornei uma criança da noite para não ser escrava dos dias, os curtos dias da vida humana. No quarto de Gabriel, numa cama de cetim branco, linda, coberta com pétalas de rosas vermelhas ― ah, o vermelho... ―, ele me beijou... e me abraçou. Meus lábios procuraram os seus, que pareciam metal em brasa. Perdi as forças, e tombei sobre a cama. Sentado nela, ele me pôs em seu colo, delicadamente, e começou a mordiscar meu pescoço. Tive três ou quatro orgasmos em menos de meia hora. Então, de súbito, senti dor. Não uma dor ruim, mas uma ardência no pescoço. Algo quente e viscoso pingou em meu pulso, e pensei que fosse saliva. Era sangue. Meu sangue. Tentei resistir, me livrar, apesar do êxtase... e de haver concordado antes. Senti as forças faltarem, o calor de antes se esvair de mim, e comecei a sentir frio. Tonta, eu tive vertigem, e caí sobre seu peito, amparada por seus braços. Gabriel, suave e delicadamente, sugava minha essência corpórea, minha vitae, e me acariciava ao mesmo tempo. Tive enjôo, dor, frio, depois mais nada senti. Semi-desmaiada, senti seus dentes em meus lábios, e sua língua, ferida, vertendo seu próprio sangue... ou o meu, sei lá! Ele me dizia coisas bonitas e me mandava beber. Eu não tinha forças, nem vontade. Mas engoli três ou quatro goles, coagida e sem forças para resistir. Adormeci em seu colo.”
♥♥♥♥♥ Bonita história, não acha?! ... É?! Hahah! Brincadeira?! Tá bom! Não te convenci, né!? Vamos adiante...
♥♥♥♥♥ “Acordei, segundo ele, após duas horas. Eu estava deitada na cama, e ele sentado numa cadeira ao lado, pensativo. Comecei a sentir dores: no estômago, nas entranhas, por todo o corpo... no pescoço e na garganta... Meu vestido de seda, branco e lindo, estava lavado de sangue... Vomitei no chão, ao lado da cama. O enjôo deu lugar a dores excrusciantes nos órgãos internos, e não pude nem gritar, pois não tinha forças. Por duas horas, me contorci e agonizei no quarto, enquanto ele apenas me pedia calma, ‘que era assim mesmo’, e que acabaria logo. Gabriel estava solidário, apesar de ter sido o causador. Tudo bem, afinal, eu escolhi. Ele não me obrigou, e esteve do meu lado o tempo todo. Por isso eu o amo. Por isso, morro por ele.
♥♥♥♥♥ "Ele me ensinou a sobreviver... A reconhecer as intenções das pessoas, identificar caráteres, e perceber quem quer meu bem e quem quer me destruir. Me ensinou até a lutar contra adversários maiores e mais fortes...” Vê as armas orientais sobre a cristaleira? Ele me ensinou a usá-las. Tudo o que sei, devo a ele. Por ele vivo aqui. Sabe, não gosto de Porto alegre, mas ele precisa de mim para ajudá-lo a administrar suas boates. Hoje, sou estudante de Direito. E namoro a Carlinha!
♥♥♥♥♥ Lindo, não!? Não te preocupa, queridinho. Só compartilho meu dom contigo se tu desejar de coração. Não vou te agarrar, como tentaram fazer aqueles pervertidos lá de outros tempos, quando então eu era mais desprotegida e inofensiva. Os fantasmas de outrora não me assombram mais. Se eu ir com um sujeito para um beco, é ele quem corre perigo. Eu sou o perigo... Tudo graças ao meu anjo português.
♥♥♥♥♥ Estou com sede... Não! Não te assusta! Só vou pegar um pouco de suco... É de uva, lembra?! Linda cor... Quem sabe, quando tu se sentir mais confiante, talvez eu possa te dar algo realmente valioso... Quem sabe, talvez, eu possa te dar a eternidade, a felicidade de não se preocupar com os dias conturbados da “civilização” de vocês... A calma e o frescor das noites. Eu sei esperar. Pode dormir no quarto ao lado do meu. Juro não te visitar à noite. É só não me convidar.
♥♥♥♥♥ Por quê segura tão firmemente essa cruzinha de prata? Hahah! Eu não tenho medo disso. Nem sou católica! Me identifico com a antiga religião dos Celtas. Sabe, cruzinhas simbolizam a perseguição e a devastação de tantas culturas... E eu não tenho coragem de ferir seres vivos. A vida é sagrada! ...Sabe como sobrevivo? Bem... Participo ativamente das campanhas de doação de sangue. Gabriel e eu temos lá nossas “adegas”. E, é claro, também queremos ajudar os hospitais! Outras vezes, convidamos pessoas para nossos refúgios... Ah! Fica tranqüilo! Nosso clã gosta muito dos ‘cordeiros’ ― Ih, desculpa! ―, das pessoas! Especialmente as que amam as artes! Sabe, meios de nos destruir, existem. Mas não vou te contar agora. Não posso ainda... Temos muitos inimigos. Tem gente má, que não perdoa nada, e julga sempre apressadamente. Estes me chamam de cadáver, de carcaça ambulante... Mas eu sei que sou um amor. Tentarão nos matar, se tiverem a oportunidade. Hum?! Ah! Prata, alho, é tudo mito... Existe muita especulação. Além do mais, qualquer água é benta! Toda a água é pura e vem da Mãe Natureza, ou seja ― Deus!
♥♥♥♥♥ Que noite agradável. Estou amando nossa conversa ― apesar de tu ficar assim tão calado. Aliás, “amando” combina com meu nome: Amanda! Vamos, amor, vá descansar, que amanhã conversaremos mais. Juro não te beijar até tu mesmo desejar este presente divino. Está tremendo. Eu apenas me ajoelhei entre as tuas pernas! ... Acredite: eu não vou te impor nada, querido! A escolha será tua! Só tua! Se quiser, te deixo perto do orfanato, e nunca mais nos vemos... É só tu ficar longe das ‘raves’. Haha! Mas, se for de tua vontade, nos vemos amanhã! E eu te dou mais do que prazer, em troca do calor do sol. Ah! No teu lugar, eu aproveitaria esta noite. Porque, se tu decidir ser meu filho, haverá prazeres que tu não mais sentirá. Tu é virgem, não?! Aproveita hoje... Sacrifícios fazem parte da vida. Nunca mais poderei ver o amanhecer no lago com meus pequeninos... Porém, em troca disso, nunca mais terei medo da humilhação. As marcas nos meus pulsos não diferem muito das marcas em tua mente. É, eu sei... Pensa, meu doce! Decide! Posso te dar todas as noites da Terra. Doravante, nos reuniremos na casa de meu adorado Gabriel, para celebrar a amizade.
♥♥♥♥♥ "Vem cá, deixa eu te dar um beijo ― de amiga! ― Que fique claro. Vai dormir aqui?! ... Ótimo! Ah, que coisa boa! Boa noite, amorzinho! O quarto da esquerda é todo teu... Mas ainda faltam algumas horas para amanhecer... Se quiser, estarei ali no quarto ao lado... Vem comigo? Mesmo não sentindo mais as mesmas sensações de outrora, ainda é um prazer agradar garotos bonitos. Não?! Ainda não?! OK! Bons sonhos! Que noite! Beba um pouco mais de suco. É de uva, que eu amo!
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